"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

quarta-feira, 18 de junho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1981/2)


E tome buzu na cabeça!


1981: parcialmente saído da fria em que tinha me metido e levado junto a família (mais uma cagada, como se erra na vida!), até o fim do ano eu tinha um bom salário lá em Fortaleza, deixado integralmente com Terezinha para as despesas familiares de todos, e cá estava eu em Vitória, tendo de me virar e ganhar meu sustento, além de buscar recuperar o tempo e os empregos perdidos. De início tinha de morar em algum lugar e consegui alugar, no apto de um colega antigo da federal, o papiloscopista Valdir (hoje aposentado e advogando), pessoa doce, tranquila, de minhas relações desde a chegada em Brasília, um quarto com uma cama de solteiro e um pequeno guarda-roupa (voltou a ser como quando saí de casa para Brasília), em um edifício no centro da cidade, na esquina em frente à receita federal, onde funcionava no térreo a eletrônica Yung (hoje não existe mais, está lá a Ricardo Eletro). Com a roupa do corpo e com a cara e a coragem, busquei a Faesa e a UVV e é óbvio que só podia recomeçar no ano seguinte, por já estarem distribuídas as aulas pelos professores que lá estavam. Teria de aguardar até outubro para ver que disciplinas sobrariam, para que eu lecionasse no ano seguinte. Já na Acadepol fui recebido com festa e logo ganhei turmas variadas para lecionar, pois foram realizados concursos públicos recentemente, dada a implantação da polícia de carreira. Consegui também aulas de história e OSPB (disciplina que não existe mais, infelizmente, e que trata do funcionamento do país) nos cursinhos do PROMOVE (grande rede mineira de cursos e escolas de fundamental e médio), no curso Nacional de Vila Velha e no BAC, um cursinho que não existe mais e que funcionava na praça Costa Pereira, no edificio Álvares Cabral, do irmão do dono do Nacional, Solivan Riva(também como o irmão, Sidney Riva, grande estelionatário, ruim para pagar). Já não passaria fome e sobreviveria; apertado, mas daria. Logo depois, com essa rotina, andando de ônibus para cima e para baixo e sendo sugado, pois as aulas no cursinho iam até os sábados e próximo dos vestibulares até os domingos, surgiu uma indicação para lecionar em Colatina, na faculdade de direito de lá, feita por um professor local, diretor da Acadepol, o juiz aposentado Dr. Valdir Vitral, e eu aceitei. Assim, às segundas-feiras eu pegava a kombi da Faculdade, às quatro e meia, e com os demais professores lá chegando jantava; quando retornávamos, chegávamos cerca de uma, duas da manhã em Vitória, e nas sextas íamos no mesmo horário, mas só voltávamos no sábado após o almoço, pois as aulas no fim de semana eram até este dia. Foi ótimo, pelos conhecimentos e amizades que adquiri e pelo dinheirinho que entrou no resto do ano. Muita saudade da esposa, de uma casa, de um lar, dos filhos, mas a culpa era apenas minha e eu tinha era de tocar com coragem e valentia, sem lamúrias e sem preocupar Terezinha. E isso - guerrear - é comigo mesmo. Mais uma vez estava dando certo. Madeira

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