"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

sábado, 10 de maio de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1965/2)


Asa Sul, Brasília


1965: em julho ocorreu o retorno à Brasília, reassumindo as funções na Interpol de chefe da seção de estudos, sendo responsável pela análise e andamento das solicitações de ações oriundas da central da Interpol em Paris (ou de órgãos policiais brasileiros e ainda de qualquer nação do mundo filiada à Interpol). Do Rio ficou uma forte saudade, com a despedida dos conhecidos, do futebol no departamento autônomo, das idas ao Maraca e dos meus pais, pois tinha definitivamente optado por Brasília como cidade de moradia. Ficava principalmente a noiva, aguardando as providências da morada própria para montarmos nosso lar. Enquanro ela montava o nosso enxoval de peças de cama, mesa e banho, eu me virava para conseguir o apartamento funcional para casar. Mais uma vez o destino (meus mentores) deram aquele empurrão e consegui um apto na Asa Sul, na superquadra 409, chamada de quadra do IAPI, quadra bem desenvolvida, com todo o apoio logístico indispensável de padaria, mercado, farmácia etc. Esta vitória devo a um amigo especial chamado Altamir Balbino, que eu tinha conhecido e aprendido a admirar quando na cia de trânsito da GEB. Na minha ausência do Rio, no BIB, Balbino tinha também optado pela ida para a parte civil do DFSP e havia sido lotado na Interpol como agente de polícia, mas antes disso ainda ficara requisitado por um período (enquanto eu estava na tropa de choque) na Novacap, órgão da prefeitura do DF responsável pelos projetos da nova capital e em especial pela distribuição e conservação dos aptos funcionais. Meu amigo, trabalhando junto e ainda com conhecimentos e amigos na Novacap, foi meu elo para conseguir me inscrever e arranjar esse apto. De posse das chaves do mesmo, Terezinha foi visitar-me, hospedou-se no Egydio e aprovou o imóvel, no quarto andar do bloco B da quadra 409-Sul. A partir daí foi uma correria para pintar e dar uma gabaritada no apto, tendo ela desenhado os móveis como queria e, numa ida ao Rio, os encomendamos em uma fábrica de um amigo de meu pai, Seu João Silva. Não foi frescura fazer móveis sob medida, mas uma necessidade pelo tamanho dos dois quartos e da sala. Concomitantemente escolhemos o tipo e as marcas dos utensílios domésticos, para que eu os comprasse em Brasília e demos andamento nos papéis de casamento e nas demais providências necessárias para tanto. Não foi mole, foi uma corrida só e sem dinheiro, apenas com o meu salário, pois Terezinha, a meu pedido, havia saído do emprego na Mesbla para dedicar-se no Rio a resolver tudo do casamento e da mudança dela para Brasília, e com isso assumi dar o dinheiro correspondente à parte dela em casa. O moral da história é que meus fins de semana passaram a ser dentro do apto, pintando-o (nunca pensei que conseguiria, mas o fiz). Ao final do ano estávamos prontos para casar, com tudo engrenado e muita dificuldade - mas felizes. Terminei o doutorado em dezembro com excelente aproveitamento, passei o natal com Terezinha, família e meus pais (de nariz torcido) e estava preparado para casamento e férias em fevereiro do ano seguinte, 1966, com a casa pronta e mobiliada - mas com a carência de algumas coisas pela falta do vil metal. O apto estava lindo, novinho e com sinteco, mas por falta de dinheiro não compramos um televisor, optando por uma máquina de lavar roupa, e no outro quarto colocamos um sofá-cama de casal para hospedar as visitas de sogros e de mais alguém que viesse do Rio. De resto, tinha todas as coisas que facilitam a vida doméstica. Lá vem novo ciclo. Madeira

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