"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

segunda-feira, 19 de maio de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1970/1)



1970: mais uma vez deu-se a merda, ou seja, com a minha maneira de ser, de quem é fiel ao seu caráter, talvez teimoso, de quem não deixa que a coluna se envergue por causas mesquinhas ou materiais, não aceitando a covardia como forma de sobrevivência, só aceitando recuos ou humilhações por alguma causa maior que a do interesse pessoal, briguei com o diretor geral do DPF, um desses generais (a maioria é boa) que vão para a reserva e acham que continuam generais no meio civil. Aconteceu lá pelo meio do ano, quando a direção geral resolveu de vez unificar os dois serviços de informações (inteligência, hoje em dia) do DPF, o que eu chefiava (SI/DO) e o do DOPS (SI/DOPS), chefiado por um colega delegado, o dr. Firmiano Pacheco, ficando o DOPS somente com a parte operacional ligada ao DOI/CODI (nós éramos ligados ao SNI). Idéia muito boa esta, a de subir os arquivos do DOPS e ter um só órgão de informações na polícia federal. O problema, para a minha surpresa, é que o tal general chamou a mim e ao Pacheco, comunicou-nos a determinação e nos informou que chefiaríamos o órgão, ou seja, ele traria o seu pessoal e material e dividiria os trabalhos e decisões comigo. De imediato, na bucha, avisei que por princípio de comando eu não o dividiria, e a direção geral que ficasse à vontade para me exonerar do cargo, ficando apenas o Pacheco. OK, me fodi. Saí de cabeça erguida, certo de que os alfarrábios de comando me ensinaram isto e meus comportamentos profissionais também, mas perdi de imediato cerca de 50% do meu salário, pois a minha chefia era de cargo comissionado 5C. Isto pagando a prestação do apto e com as prestações de um carro novo comprado há pouco (um fusca 0 km, meu primeiro carro novo e com a família aumentando, pois inexplicavelmente - os médicos diziam que no pós-parto a mulher não engravidava - Terezinha estava grávida de Cintia). Pra completar, transferiram-me para a ANP (academia nacional de polícia, órgão de ensino da polícia federal), onde eu já dava muitas aulas, principalmente sobre inteligência policial. Novo ciclo, bem diferenciado, em uma área (dos males, o menor) com a qual já me identificava, o ensino. Assim afastava-me da Interpol e das informações, e na ANP acabei por (identificando-me mais com isto) aprender a montar cursos, traduzir livros policiais (traduzi provavelmente o primeiro manual de segurança empresarial - do inglês -, que tornou-se depois um manual da ANP), lecionar mais continuadamente e depois a aplicar concursos. No fim, foi bom. Com o meu senso profissional de fazer o que me era determinado com rapidez (e bem feito), logo na ANP recebi missões importantes, dentre as quais a de montar o plano de segurança da futura sede do ministério das relações exteriores, o Itamarati, na Esplanada dos Ministérios (o único prédio diferente) e de montar e aplicar o curso de formação do pessoal aprovado em concurso público para o quadro de segurança do mesmo. Também no final do ano fui designado para o cargo de chefe da divisão de cursos e seleção da academia, que, ainda que não representasse o mesmo quantum da anterior, diminuiu o sufoco financeiro. Novo ciclo vivencial - mais aprendizagem, mais bagagem. Madeira

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