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"Ando devagar/porque já tive pressa..."
Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira
segunda-feira, 26 de maio de 2008
vivencias-madeira-cronológica (1971/2)
1971: vida tranquila em Curitiba. Muito frio, muito trabalho, viagens constantes pelo interior do Paraná em diligências, combatendo o tráfico de drogas e de mulheres (as primeiras vinham do Paraguai, e as segundas eram levadas por lá ou pelo porto de Paranaguá, ou ainda de ônibus para São Paulo). Descoberta de um estado rico, de gente trabalhadora de variadas origens, a maioria alemã. Mas tínhamos, por exemplo, a cidade de Assaí, totalmente de colonização japonesa. Havia colônias, bem no fim de alguns municípios, onde os moradores só falavam a língua (ou o dialeto) da terra natal, aprendida com os primeiros imigrantes, como a colônia Adelaide, onde só falavam um dialeto alemão e alimentavam-se e bebiam tudo da forma feita no país de origem. Povo trabalhador que forjou um estado maravilhoso, organizado, próspero e do qual muitos saíram para fazer a pujança de estados próximos, como o Mato Grosso do Sul e Rondônia. Conheci locais de beleza e riqueza ímpares como Foz do Iguaçu e Guaíra (aquela antes de ser inundada pelas águas da barragem de Itaipu), Ponta Grossa (os homens que lá nascem são impedidos de casar com as mulheres nascidas em outra cidadezinha paranaense, Curralinho) e cidades históricas como Lapa e Antonina, além de praias razoáveis como Caiobá e Matinhos. Não se falava (da) nem se acessava a Ilha do Mel, hoje famosa. No trabalho, além das viagens e de flagrantes continuados de tóxicos, as palestras nos colégios eram, sempre que eu estava em Curitiba, uma constante, mostrando aos jovens os riscos da utilização das drogas. A ADESG (associação dos diplomados da Escola Superior de Guerra) também me levou para ser palestrante sobre este assunto e sobre as fronteiras do estado com o Paraguai, no que eu já estava um expert. Terezinha e as crianças muito bem, apenas com muito frio, mas com bastante visita de parentes e amigos do Rio (este é o problema de morar perto do lugar de nascimento...). As peladas firmes, no time da superintendência (futsal) e no time do bairro, o Brasinha F.C. (campo). Neste ano tivemos a primeira grande perda, no sentido de companhia corpórea: Seu José, pai de Terezinha, faleceu após alguns anos de luta contra o câncer. Como já era meio esperado e foi para não vê-lo sofrer muito, foi rapidamente assimilado. Madeira
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