"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

domingo, 6 de abril de 2008

vivencias-madeira-cronologica (1956/3)



1956: a turma da José Higino, composta por adolescentes moradores da mesma ou de ruas próximas como a Antonio Basílio, a Conde de Bonfim e a Dona Delfina, reunia-se diariamente (nas férias, de manhã, de tarde e de noite; no período de aulas - o que era incrível, pois dificilmente estudavam na mesma escola - na hora pré-almoço); íamos chegando e ficando de papo, encostados em uma carrocinha da Kibon que tinha ponto na esquina da Conde de Bonfim com a José Higino, pilotada por um vendedor muito simpático e amigo chamado Arnaldo, até a chegada do último, ocasião em que combinávamos a hora do encontro da tarde e o programa, se bola, se cinema, se só papo mesmo, se Maracanã à noite, tudo dependendo do dinheiro existente e da hora em que todos estivessem liberados dos estudos, dos famosos deveres de casa. Vou tentar enumerar o máximo de caras dessa turma, obviamente esquecendo alguns por pouco conviverem conosco (ou por pura falta de memória). Na ordem das residências mais próximas da minha: Nelson (depois meu compadre, padrinho da minha filha Flávia), Sérgio Gomes (o Sérgio da Sorte), Gustavo Cicconi (também estudava no São José), Inácio, Zé Carlos (Alicate), Raul, Zé Heitor, os irmãos Luiz Carlos (Cacau) e Vitor, os também irmãos Osvaldo e Paulo Roberto (Bebê), o Luiz Carlos (Melequinha da Primavera), Antonio Carlos (alegria da galera, bichona, onde a turma se desapertava), os outros irmãos Tony e Carlos Roberto (Santos), Damião (Português), Sergio Eiras (Tomate), Paulo Roberto (Bacalhau), os igualmente irmãos Edmar e Alcides (Sidoca), Piquet Carneiro (depois ministro de Estado, que não andava com a gente: já era esnobe), outra dupla de irmãos, o Marcelo e o Murilo Wernech (ídem), Abelardo, Jacques Haiat (Jacó), Jacozinho e Hertz; outros podem ter sido esquecidos, mas estes eram os mais freqüentes nos nossos passeios e brincadeiras. As gírias mais comuns eram: dar uma trepada com a Berkel (pesar-se, pois as balanças eram da marca Berkel); visitar a Celite Boca Larga (ir ao vaso, pois a marca do vaso era Celite); estar resfriado por baixo (estar com gonorréia, pois escorria pus do pinto); duca (do caralho, para significar algo sensacional); paca (para caralho, para significar algo grandioso); culhonal (sensacional, fora de série); fominha (quem não passava a bola na pelada e queria driblar todo mundo); chupa-sangue (quem não corria na pelada); uma uva (menina linda); bagulho (menina feia); pelada ou racha (futebol sem juiz, que sempre tinha os minutos finais sem se poder tocar na bola, só nos jogadores do outro time, mas sem buscar machucar, tipo o futebol americano). Para completar (também no colégio tinha), havia a banda da rua. Era uma sacanagem que consistia (faz pouco tempo passou em uma peça teatral, Aqueles homens baixos, ou algo assim) em sairmos (dependendo do número, em fila de dois ou em coluna de um) com o maestro à frente e cada um dos componentes imitando um instrumento musical, e o resto, ao fim, fazendo o refrão. Mais ou menos assim: um imitava o bumbo, gritando BUNDA!, BUNDA!, intervalando com o do triângulo, que gritava CARALHIM!, CARALHIM!, e os demais imitavam outros instrumentos, com o coro cantando, ou melhor, gritando: Cu da mãe tem dente, morde o pau da gente!... Madeira

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