"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

sexta-feira, 16 de maio de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1968/2)


Forte Duque de Caxias, Leme


1968: passei os seis meses do primeiro semestre no Rio, e aprendi toda a teoria e toda a prática de atividades de combate à subversão da ordem social e política em um país, segundo a doutrina brasileira (com base na norte-americana e na israelense, de dois países adiantados na realidade anti-terrorismo e anti-sabotagem), lá no CEP, no Forte Duque de Caxias. Este curso, de formação de analista de informações, era para oficiais (havia o de operações, que era para nível médio, sargentos) e foi a base para a criação da escola nacional de informações (EsNI), ligada ao SNI (hoje ABIN). Éramos trinta alunos, quase todos oficiais das Forças Armadas e Auxiliares (PM´s) - com dois civis apenas, eu e o Jercides Dórea, da polícia federal. Terminei em terceiro lugar, num claro ajuste para não ser um civil o primeiro colocado (arranjaram umas pontuações por mérito, típicas de militar), mas foi bom, aprendi e entendi muita coisa do que ocorria no mundo e no Brasil, como guerra fria, comunismo internacional e outros. A morada no Leme foi uma delícia, até porque foi no tempo de verão, pós-carnaval, com uma praia ótima e tranquila à nossa porta. O estudo, apesar de puxado, levei numa boa, facilmente (não tinha números), e as presenças de Terezinha e Caio foram ótimas, com passeios e fins de semana gostosos. Voltando à Brasília no meio do ano, reassumi a Interpol e dediquei-me a montar o novo serviço de informações do DPF, que foi o núcleo embrionário do a seguir centro de informações, do qual fui o primeiro chefe e que é hoje o serviço de inteligência da PF, a todo momento falado na mídia como o órgão que, através de escutas, gravações e campanas descobre crimes praticados contra a União. A Interpol não ficava abandonada, e com muito trabalho tocava as duas áreas, já sabendo que logo teria de haver a separação e eu de optar por uma ou ser designado para a outra. Assim, em setembro, fomos eu e o chefe da seção de estudos (núcleo que era a Interpol), o dr. Paulo Nasi Brum, gaúcho, dono de inglês fluente com o diretor geral do DPF, o Cel. Florimar Campello para o Japão, mais exatamente para Kyoto, representar a Interpol/Brasil no congresso anual da entidade. Mais uma viagem de sonho, com ida antecipada (como recompensa) de quinze dias, passando este tempo entre Hollywood, Los Angeles (lá estive na então única Disneyworld) e Havaí, em Waikiki Beach. No Japão nos encontramos com o diretor geral e, após o congresso, fomos convidados pelos chefes da Interpol de países da Ásia para passarmos alguns dias em outros outros lugares. Assim conheci a Tailândia (Bangkok), Líbano (Beirute), Síria (Damasco), Índia (Nova Déli), Paquistão (Karachi), Itália (Roma) e terminando em Paris, onde conseguimos, eu e o Paulo, um estágio de quinze dias na sede da Interpol. Na volta ainda fiquei quatro dias em Portugal, para visitar o meu pai que lá estava. Enfim, a vida não é só trabalho... Madeira

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