"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

sexta-feira, 14 de março de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1950/4)


Aos mares!


1950: as aldeias próximas eram visitadas por mim, acompanhando meus pais, e assim, dentro do mesmo diapasão de Argeriz, conheci, visitando parentes e amigos, Argemil (são nomes de origem moura, a partir das inúmeras ocupações que a Lusitânia, terra dos lusos, povo nativo, sofreu, fruto de ser a porta de entrada da Europa, quando de qualquer ocupação bárbara), Ribas e as duas maiores, Carrazedo e Valpaços, esta sede administrativa do Conselho (seria a capital do estado). Também meu pai, ansioso por nos mostrar a terra natal, e rever locais e amigos, nos levou a várias partes da Pátria-Mãe, e conheci Coimbra (base da educação superior em Portugal, afamada e renomada fazedora de doutores), Oporto (como eles chamam), que banhada pelo rio Douro, é a capital mundial do vinho, em especial do licoroso vinho do Porto, e que na realidade tem suas caves na cidade em frente, Vila Nova de Gaia, onde estão os principais fábricantes, Lisboa, capital, cidade cosmopolita, de noite atraente, praias belas (a Costa do Sol), e que tem nas cercanias lugares maravilhosos, tais como Sintra, Mafra e Cascais (cidade gêmea de Vitória). Todos locais belíssimos, que respiram histórias de grandeza, de lutas que permitiram, a um pequenino país, tornar-se um gigante cultural. Conheci também um povo muito trabalhador, extremamante religioso, afetuoso, sem qualquer preconceito (tanto que, dos conquistadores da Idade Moderna, foi o que mais se miscigenou, posso até dizer que o único), e que possui sempre a mesa farta para receber os amigos e os viajantes em geral. E as festas? A maioria de fundo cristão, de uma crença no poder divino impressionante, com tradições emocionantes e muita alegria; um povo musical, que nos toca a alma ao som sofrido de um fado, o que melhor representa essa nação e seu destino grandioso de vencer, com muita dificuldade, mas vencer sempre. Madeira

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