"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

segunda-feira, 10 de março de 2008

vivencias-madeira-cronologia (1945)


Em Ucanha ou na região da Central, sempre muita luz e luta


1945: ao alvorecer do dia 17 de setembro deste ano, nascia, em Copacabana, no Rio de Janeiro, Terezinha Botelho Coelho, filha de José Coelho, cidadão português radicado no Brasil, e de Hilda Botelho Coelho. Ambos de origem humilde, mas de honestidade e coragem a toda prova, criaram-na e educaram-na dentro de rígidos princípios morais. Terezinha, assim batizada em homenagem a Santa Terezinha de Jesus, estudou em colégios públicos no Rio, mais exatamente nos subúrbios da Central (Olaria, Ramos e Bonsucesso), onde cresceu e viveu sua adolescência, sendo a primeira infância passada em Portugal, pois logo após o nascimento, ainda neném de colo, foi com os pais e a prima Ivone, no futuro minha comadre, para Portugal, no interior, na localidade chamada Ucanha, próxima a Lamego, onde morou e viveu até mais ou menos os dez anos, sendo inclusive registrada como portuguesa. Em Portugal, nasceu seu irmão Ismael. Retornando ao Brasil e fixando residência em Bonsucesso, diante das dificuldades financeiras próprias da origem simples, aos quatorze anos tirou a carteira de trabalho e logo, menor ainda, foi ajudar no sustento da família, sendo admitida na Mesbla, à época a maior loja de departamentos do Rio (uma espécie de shopping, que vendia de tudo, até aviões, apenas pertencente a uma só empresa), que funcionava em frente ao Passeio Público, vizinha à Cinelândia e ainda hoje, mesmo não existindo mais, falada no Rio, por ser ponto de referência pelo relógio que tinha no alto de seu prédio, e que ainda lá está. Ingressou no setor de meias femininas, e as lojas de departamentos eram fortemente departamentalizadas e seus funcionários especializados, profundos conhecedores de tudo referente aos produtos ali vendidos. Ali, Terezinha, que trabalhava o dia inteiro (por isso deixou de estudar), sob a gerência de franceses (a Mesbla era uma empresa francesa), desenvolveu-se como gente, complementando na lide laboral a educação tida. E com muito sacrifício, pois vinha de ônibus numa viagem infindável, demorada, muitas vezes ou quase sempre em pé, de Bonsucesso até o Centro, e de noite fazia o sentido inverso, com uma hora de almoço e muitas horas de atendimento a clientes chiques, pois comprar na Mesbla era para quem tinha posses. E assim viveu Terezinha até nos conhecermos e namorarmos e casarmos, história que será contada no ano certo. Madeira

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