"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

domingo, 6 de julho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (2004/2006)


Tempo de recomeçar


2004/2006: sem Terezinha, companheira e amor por quarenta anos, fiquei enrolado. Troquei com o Caio de lugar, após desmontar o quarto de casal - de local de internação para tratamento de saúde no lar (desfiz-me do que tinha comprado, doando para o Avedalma, e devolvendo a cama hospitalar alugada), ficando ele, dono da casa, no quarto de casal, na suíte com closet, e fui para o quarto de solteiro, que tinha sido das meninas. Foi muito difícil, pois foi uma mudança radical na forma de viver. Sozinho, comendo na rua em locais diversos e acordando cedo por costume, e o Caio ao contrário, dormindo de tarde e à noite então tendo movimento, com as idas para a faculdade. Foi um tempo muito complicado, e ajudou-me muito a doutrina espírita, que eu já acompanhava e passei a estudar mais e mais. Creio que aqui viemos, a este planeta Terra, para cumprirmos uma missão aceita, delineada, que nos leve a um aperfeiçoamento moral, e que nada mais ocorre que não seja o melhor para nossos espíritos, e assim, se Terezinha partiu naquele momento, foi certamente o melhor para ela e para nós. Agora só nos resta, a nós que tanto a amamos e sentimos a sua partida, continuar nosso caminho, aguardar a nossa viagem e os reencontros futuros no Mundo Maior. Bem, entendi a mensagem e, no fim de 2004, levei Flavia, Taís e JP para conhecer Portugal, e os meus familiares e os de Terezinha que lá vivem, igualando-os ao Caio e à Cintia, com quem já tinha feito essa viagem. Na volta, passei a analisar minha forma de viver, e concordei com o que Terezinha e eu já tínhamos conversado bastante, de que o fim de vida só é aberração, tanto para a pessoa que fica viúva quanto para os seus filhos e demais parentes. Para o que fica só, pela solidão, e para os outros, pelas preocupações que causa. Assim, comecei a analisar em meu redor e a olhar as mulheres e seus comportamentos. Bem, encontrei uma pessoa tranquila, de alto nível de comportamento, inteligente e discreta, professora na FIPAG, e encaminhei-me na direção dela; deu certo, muito certo. Eugênia encantou-me e começamos a namorar, o que ia fundindo a cabeça de muitas pessoas próximas, não pelo namoro, mas pela proximidade da partida de Terezinha. Mas a velocidade e os sentimentos são meus, inalienáveis, intransferíveis, e eu sabia e sei o que eu estava fazendo, e o quero na vida para mim. Com isso, com menos de dois anos do falecimento de Terezinha, eu já namorava firme, e com dois anos e meio casava-me e mudava-me para a casa dela em Vila Velha, pois além do sentimento era tudo que eu queria, uma casa, uma companheira, um lar. Terezinha tem seu lugar, terá sempre, devo muito, muito a ela, e espero e sei que vou reencontrá-la, mas estou encarnado e necessito viver como encarnado. Se muitos trocam de companheira viva, por que eu não poderia encontrar uma depois da morte da minha anterior? Foi um grande acerto e um imenso achado, a Eugênia. Mais uma vez meus mentores indicaram-me o melhor nesta vida. De diferente, não de ruim, pela idade e saúde fragilizada, neste período foi a ida de D. Hilda, partindo para encontrar-se com Terezinha na Vida Eterna, e por coincidência no mesmo dia do calendário, dezoito de dezembro. Madeira

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