"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

domingo, 11 de maio de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1966/1)


Igreja de Santa Terezinha, Tijuca


1966: definitivamente um novo ciclo, como os anteriores totalmente desconhecido e muito mais importante e delicado, afinal eu passaria a ser responsável por outras pessoas (esposa e filhos). Assim eu estava preocupado, pois pela educação que tive, pelos costumes e até pela lei (código civil) de então o homem era o chefe da família, aquele que a conduzia, que decidia. Para mim, até então solteiro, fazendo meus horários e tomando as decisões sozinho era uma grande novidade passar a possuir essa cobrança interna e social, de dividir os comportamentos, as decisões com outra pessoa (certamente bem diferente de mim, da minha forma de pensar). Aos vinte e seis anos começaria a cumprir o príncípio bíblico de crescei e multiplicai-vos, mas ia com muito amor e a certeza da escolha acertada da companheira para tal. Bem, em fevereiro, na igreja de Santa Terezinha, no Rio de Janeiro (escolhida por ser o nome de Terezinha, dado a ela em homenagem à santa), no dia marcado - cinco de fevereiro -, casamo-nos com o habitual atraso da noiva (uma hora), tendo inclusive o casamento seguinte, das dezenove horas, passado à nossa frente, pois éramos o das dezoito horas. Enquanto esperava fiquei no ádrio da igreja comendo pipoca com os amigos da turma da José Higino, e sofrendo as gozações de que a noiva havia desistido. Mas às dezenove horas ela chegou muito bonita, classuda e amarramo-nos perante o altar com os compromissos oficiais. Depois disto fomos para a recepção no Centro Trasmontano, próximo ao Largo da Segunda-Feira, clube social da colônia portuguesa, dos nascidos em Trás-os-Montes, Portugal, onde meu pai era diretor e que eu frequentara com ele desde pequeno. Foi uma recepção muito bonita, para os amigos dos pais, meus, de Terezinha e de nossos amigos e demais parentes, e que nós dois tínhamos montado. Transcorreu normalmente enquanto eu e Terezinha estávamos presentes, e depois de cortarmos o bolo nupcial, mudarmos de roupa e nos despedirmos dos convidados em direção à nossa lua de mel, no hotel-fazenda Três Pinheiros, em Engenheiro Passos, caminho para São Lourenço e Caxambu ocorreu a confusão, da qual só soubemos ao voltar da lua-de-mel. Minha mãe, contrária ao meu casamento com Terezinha, com raiva de Dona Hilda (que eu tratava como mãe) e também por eu não ter me casado com a afilhada dela foi tomar satisfações - e Dona Hilda respondeu à altura. Minha mãe estava acompanhada de minha madrinha Adyr, irmã dela, barraqueira de primeira, e atirou uns doces que estavam na mesa de Dona Hilda em cima desta, que revidou, havendo uma batalha doceira entre as alas femininas das famílias, batalha esta paralisada pela ação dos homens. Ao retornar e saber do ocorrido telefonei ao meu pai, e sentidamente (pelo amor e pelo respeito a ele) avisei que não iria mais em sua casa pelo comportamento de minha mãe, para não desrespeitá-la e assim brigarmos. Voltamos para Brasília e iniciamos nossa vida de casado com muitas dificuldades, pois o salário só dava para pagar as prestações para montar a casa e as do casamento, mas havia alegria e amor. Madeira

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