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"Ando devagar/porque já tive pressa..."
Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira
quarta-feira, 16 de abril de 2008
vivencias-madeira-cronologica (1959/2)
A sempre fantástica Quinta da Boa Vista
1959: este fim de ciclo foi totalmente diferente, pois encerrou-se iniciando um espetacular, de sonho, de vibração, de aprendizagem complementar - pelo qual agradeço todos os dias. Trata-se do serviço militar, dos meus dois anos de CPOR/RJ, Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro do Rio de Janeiro. Vibro, mas vibro mesmo com tudo que lá aprendi e que uso até hoje, e que me marcou de forma positiva. Ao fazer dezessete anos cumpri a obrigação de alistar-me no Exército (cheguei a pensar em fazê-lo na Marinha, mas água só a de banho; até hoje - e gosto muito de passear de navio - não nado nada). Quanto a seguir a carreira militar (EPC/AMAN), apesar de gostar da idéia (cheguei a tentar fazer um curso preparatório no Clube Militar, na Cinelândia), as cas (matemática, física e química) me assustavam e lá seriam a base da carreira, então logo optei por não contrariar meus instintos intelectivos. A vontade ficou latente, não só por meu irmão como também por gostar de tudo organizado, de hierarquia e disciplina, e por saber muito bem obedecer e comandar (sempre fui o capitão dos times em que jogava e enquadrava os recalcitrantes e chupa-sangues). Feito o alistamento, pela série que cursava fui encaminhado para o CPOR/RJ, e era o que eu queria. Tanta gente de nível de estudo fugindo e eu brigando para ir para lá, tanto que pedi ao Sidônio que fosse ao quartel e visse se eu estava ou conseguiria ser selecionado. E fui. Assim, o ciclo seguinte da minha vida começou, na realidade, no dia quinze de dezembro de 59, com a apresentação em São Cristovão, no quartel (então do CPOR/RJ, na saída do portão da Quinta da Boa Vista que dava saída para São Cristovão, e do qual hoje só existe o pórtico). Encerrava-se o curso colegial e iniciava-se o acadêmico, em conjunto com o ensino militar a nível de oficialato e, principalmente, de complementação educacional. No futebol, depois da excelente campanha no Confiança, fiz parte da seleção do campeonato com outro goleiro (do Campo Grande, apelidado de Castilho pela semelhança física com o grande Carlos Castilho) e recebi convite de dois outros clubes, de novo da divisão profissional, ambos pequenos (São Cristóvão, através do meu ex-técnico no juvenil da Portuguesa, o Mendonça, e Bonsucesso, pelo técnico Jair Boaventura) - que recusei. Também fui convocado para a seleção do Departamento Autônomo que iria fazer uma excursão caça-níqueis à Europa (a famosa seleção cacareco, que demorou três meses e meio no exterior jogando a troco de nada), e ainda bem que, face aos estudos e ao exército, não fui, pedi dispensa. De resto, tudo em casa tranquilo, sempre procurando a orientação de meu pai e de meu irmão, e muito namoro (ainda firme com a mesma namorada do Confiança) e pouco lazer (pelas inúmeras atividades e as novas responsabilidades), permanecendo mesmo as idas ao Maraca pra ver tudo que era jogo e até carregando a namorada - quando o dia era de namoro. Madeira
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