
1966: no final do ano, já no Rio de Janeiro aguardando o nascimento do Caio Fabio, fomos na tarde do dia vinte e dois de dezembro até a maternidade São José, onde o Levy examinou Terezinha, confirmou que estava tudo bem e que nos próximos dias ocorreria o parto. À noite, no nosso possante Gordini, fomos eu e Terezinha à Mesbla do Méier para comprar uma banheirinha para os banhos do Caio, última coisa que faltava do enxoval dele. Acabamos de fazer a compra e ao voltarmos pra casa Terezinha começou a sentir as dores do parto, obrigando-me a ligar para o Levy, informando-o e dirigindo-me, com ela e Dona Hilda, para a maternidade por volta das vinte e três horas. Lá chegando, logo chegou o Levy e ela foi para a observação, entrando na sala de parto já com a dilatação informando que era mesmo a hora, isto cerca das duas da manhã do dia vinte e três de dezembro. Às quatro horas da manhã Levy apareceu e informou que tudo correra bem, Caio Fabio estava no banho para ir para o berçário e Terezinha terminando os cuidados médicos pós-parto. Às seis horas tive acesso à Terezinha, que estava muito bem, animada, com um ar de felicidade e bonita, apenas cansada, e depois pude ver o Caio, ainda através do vidro do berçário. A partir daí foi a guerra de Terezinha com Levy, porque ela não aceitava passar o dia de natal internada. Após muitas tratativas ele consentiu, e na tarde de vinte e quatro de dezembro, véspera de natal e dia de sua comemoração fomos embora da maternidade para a casa de Dona Hilda, à rua Proclamação, em Bonsucesso, onde passamos o natal e o ano novo. Mais um ciclo em meu viver (a paternidade), no qual me comprometi internamente a buscar ser o melhor possível, imitando em muito o meu pai, pois não há escola para pais e só pela análise de outros comportamentos paternos pode-se ter algum parâmetro, e eu entendia e entendo que a forma de meu pai educar era a correta. Valeu Caião, tua vinda nos marcou pela pessoa que és, de uma correção de comportamento, de uma honestidade e de uma coragem fortíssimas. Madeira