"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

quarta-feira, 14 de maio de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1967)



1967: ano que se iniciou com uma visita à casa dos meus pais em janeiro, antes de retornar à Brasília, depois de passar todo o ano de sessenta e seis sem falar com eles, rompido por causa da palhaçada de minha mãe na festa de meu casamento. Fui até lá levar o Caio Fabio para eles conhecerem. Deixei Terezinha no carro, na porta da casa, e subi com o Caio recém-nascido para apresentá-lo aos avós. Meu pai recebeu-nos muito bem, saudoso, solicitou que Terezinha subisse e deu o assunto por encerrado (com minha mãe muito sem graça); aceitamos o esquecimento e tudo ficou bem. Em Brasília, terminamos de montar nosso apto (já muito bonito): comprei um televisor e um móvel conjugado de toca-discos, toca-fitas e rádio, o que fez com que Terezinha, após um ano de dona de casa, pudesse ouvir algo além do que ela escutou no ano anterior - como ela dizia, apenas os estalidos do sinteco novo. Caio Fabio teve o outro quarto montado para ele, com um sofá-cama colocado para prováveis visitas e logo foi habitá-lo, saindo do nosso quarto. Caio era espertíssimo: aos oito meses saiu do andador sem vermos e apareceu na cozinha empurrando-o. Com nove meses ele já estava andando e foi um problema, pois queimou a etapa de engatinhar e o pediatra, o dr. Edson Porto (excelente sob todos os aspectos) queria que ele aprendesse a engatinhar e tentamos de tudo, colocando-o de gatinhas, falando com ele e tal, mas não adiantou, nunca engatinhou. Caio também não usou chupeta, jogava-a fora quando lhe era dada e não mamou no seio, tínhamos de tirar (eu ajudava) o leite do seio de Terezinha e colocá-lo na chuquinha (pequena mamadeira para dar água à crianças recém-nascidas). Logo passou a comer umas sopinhas compradas em supermercado, daquelas para crianças pequenas. Conseguimos uma auxiliar do lar, a Léa, para os serviços de casa. Os finais de semana eram no clube com Egydio, Ivone e os filhos Raul e Mônica. Duas vezes por semana, à noite, eu e Egydio disputávamos o campeonato de Brasília de futebol society (a quadra era quase em frente ao meu apto) - e fomos campeões. No trabalho eu já chefiava a Interpol, e com isso acabei indo à minha segunda viagem internacional (a primeira quando fui para Portugal, aos dez anos, com meus pais) para representar o Brasil no congresso internacional da agência, realizado em Berna, Suiça, no mês de setembro. Fui em companhia de outro delegado, mais antigo, o dr. Gilberto Alves Siqueira, e foi um deslumbramento. Passaporte diplomático, mordomias mil, ida e volta por Paris, com direito a ficar lá na volta alguns dias. De Paris para Berna fomos de trem, veloz e então moderníssimo, com muito trabalho nas reuniões plenárias e nas temáticas, discutindo temas referentes à criminalidade internacional, a que migra na formatação ou no próprio criminoso. As noites eram de passeios noturnos, com shows maravilhosos; enfim, uma aprendizagem e um conhecimento espetaculares, com amizades internacionais novas. Ano tranquilo, com muito amor e paz, com Dona Hilda nos visitando com freqüência. Madeira

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