"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1981/3)



1981: como se diz em jargão de mercado de trabalho, as oportunidades laborais só aparecem se você já estiver no mercado. Assim, fui lembrado por algumas pessoas que uma siderúrgica estava sendo construída no município da Serra, e certamente muitas vagas por lá haveriam. Fui à mesma, a CST, Companhia Siderúrgica de Tubarão, multinacional tripartite (Brasil majoritário, com 51%, Itália e Japão) e deixei meu currículo, pleiteando uma vaga na área administrativa (não precisava ser na área da segurança). Logo fui chamado, pois o destino conspirou a meu favor, face ao então chefe da segurança, um major da reserva do EB, ter feito uma cagada e ter mandado um cacete nos peões da construção civil, empregados de empreiteiras. Com isso os sócios resolveram, ainda na fase de construção, reformular a parte da segurança patrimonial, e após um monte de testes, exames e entrevistas fui admitido, em setembro do ano, nas funções de adjunto-técnico, para montar, tanto documental quanto operacionalmente, a segurança patrimonial da CST, além de treinar os integrantes e contatar os órgãos externos de segurança pública. A gerência ficou com um engenheiro mineiro (a totalidade dos técnicos era mineira, oriundos aqueles da Usiminas, usina de reconhecida capacidade técnica em siderurgia), pois estavam desconfiados de segurança na mão de especialistas nessa área, preferindo deixar a decisão final com um paisano. Enfim, agora tinha um emprego fixo, que não dependia de aguardar a distribuição de horas-aulas, com muitas vantagens trabalhistas (condução, refeição, assistência médica, décimo-terceiro... - nunca tinha visto nada disso) e na época ganhando mais do que na PF (isto durou apenas até o fim do governo Figueiredo, que deu um aumento para a PF que mais do que duplicou os vencimentos lá). Bem, como estava só em Vitória e gostava de lecionar, continuei na área, apenas eliminando os cursinhos, que apesar de pagar melhor que as faculdades sugavam muito e não assinavam carteira. O fim do ano se aproximava e tudo começava a clarear de novo, com a devolução da nossa casa (por acaso o inquilino era um engenheiro da CST) e a chegada da família e da mudança (incluindo a cachorra, motivo da briga), e ainda com o direito de ficar recebendo mensalmente, via Adilberto, uma indenização boa, em dez vezes. Se não fosse o Adilberto eu teria perdido muita coisa. Mais um com quem tenho dívidas. Foi um aprendizado e tanto, mas como sempre com pouca utilização, pois enquanto encarnados somos muito curtos e esquecemos rapidamente. Madeira

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