"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

quarta-feira, 9 de julho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (despedida)



Com mais de cem textos publicados - certamente incompletos, pois foram fruto de idéias que vieram no momento da escrita, e para minimizar essas falhas criei o blog alfabético - constato a satisfação de escrevê-los, pois de alguma forma foi uma catarse de erros e besteiras, que graças aos meus mentores, e principalmente à Terezinha, foram contornados. Poderia, ao encerrar este blog, rememorá-los, mas são passado e não vou remexê-los. Que eu tenha aprendido para as próximas encarnações, e nelas venha melhor ser humano, mais calmo, menos ansioso, querendo menos tudo certo (de minha maneira, que já concluí, nem sempre é a correta, pelo menos em alguns momentos). Que eu possa dar mais e receber menos. Que eu possa ajudar mais do que ser ajudado, tudo isto para progredir intelectual, moral e espiritualmente, justificando assim a vida, a nós concedida por Deus Pai. Que na cronologia desta vivência eu possa sempre amar vocês, para quem escrevi durante estes meses, e vê-los bem é só o que espero agora. Quando terminar o alfabético (e ainda falta bastante coisa), pretendo juntar todas as postagens e colocá-las em um cd, com a inestimável ajuda do Caio, e deixar um com cada um de vocês. Como gostei e estou com tempo nesta nova proposta de vida, hoje criei um novo blog, para substituir este, que tratará das poucas viagens que fiz. Começarei pela minha cidade natal, a Cidade Maravilhosa, depois aquelas em que morei e as demais brasileiras, para depois ir para o exterior, sem compromissos de datas, apenas de lembranças e pelo prazer de escrever. Este novo blog está alojado sob o título madeira-viagensculturais. blogspot.com. Obrigado pelo amor de vocês todos. Do pai/avô/padrinho/compadre/amigo. Madeira.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (2008/????)


Vejamos onde esse caminho vai dar... E vamos que vamos!


2008/????: enfim a aposentadoria??? Parece que sim. Neste ano saí também, junto com a Eugênia, do CEESC, em janeiro. Com isto agora, pela primeira vez desde 1959, não estou trabalhando (cinqüenta anos de labuta), e desde 1945 também não estou estudando ou às voltas com trabalho na área de ensino. Nada tenho a reclamar da vida, mas é um tremendo UFA!, apesar de não bater muito comigo e às vezes me dar uma vontade danada de arrumar alguma sarna pra me coçar - mas estou resistindo. Uma nova rotina se instalou em minha vida: pelas manhãs, meus blogs e leitura virtual; às tardes, o sono pós-almoço (que bom) e leitura, em papel, de revistas e livros; às noites, programinhas bobos. O forte passou a ser o serviço de apoio a todos os meus que necessitem. Com a aposentadoria, todos passam a chamar-se Jac: já que você tem tempo... Já que você não está fazendo nada... E eu já incorporei que isto é bom. Para encerrar este ano com chave de ouro, estou nos acertos e pagamentos finais de uma viagem para Portugal, que imitará a que fiz com meus pais sessenta anos atrás. Em 1949/1950 fui com eles de navio (no Corrientes) para Portugal, fazendo minha primeira viagem internacional e transatlântica. Agora, já cansado e com alguma dificuldade para viagens longas, com o passaporte vencendo no ano que vem, resolvi fazê-la ao contrário, como uma despedida. Assim vou com Eugênia, em outubro, passar meu aniversário (e o dela) por lá, com os parentes de meu pai que ainda estão vivos, e despedir-me da santa terrinha, voltando de navio em um cruzeiro transatlântico, no navio da MSC, o Sinfonia, ou seja, o mesmo roteiro que fiz, só que agora ao contrário. Enfim, só me resta continuar o meu caminho, não só para passar o tempo (sempre desejei fazê-lo, mas não havia horário disponível), mas também para melhorar meu cacife junto aos homens lá de cima. Ademais, nos anos que me restam (?), apenas pequenos passeios, nos quais incluo rever sempre meu irmão Sidônio e família, e meus compadres e amigos especiais Oswaldo e Arminda, mais a minha afilhada Anna Luiza, que estão longe, e sem atrapalhar estar junto de Eugênia, de meus filhos Caio, Flavia e Cintia, de meus netos Taís e João Pedro, da afilhada Mônica e da comadre Ivone, para ouvi-los e ajudar no que puder. Espero ter deixado algum pequeno legado de bons exemplos, como meu pai me deixou. O tempo é o senhor da razão, e aqui encerro este blog cronológico, no qual, de maneira suscinta e dentro do que me vinha à cabeça (e, sendo assim, de alguma maneira esquecendo uma ou outra passagem), deitei minhas lembranças, para que as mais antigas passassem a ser do conhecimento de vocês; as memórias recentes trabalhei mais resumidamente, pois vocês as viveram comigo, bastando-me apenas marcar alguma posição. Madeira

vivencias-madeira-cronológica (2007)


Nova arrumação dos vagões


2007: vida absolutamente nova. Novamente casado, com um lar e uma companheira, filhos seguindo a vida, com Flavia indo morar em Guarapari com JP e o esposo Rominho, e Caio e Taís morando no Bairro de Lourdes. Enfim, uma nova configuração de vida familiar. Também no trabalho mudanças mil: após três mandatos de quatro anos cada um, em um total de doze anos como diretor das faculdades integradas padre Anchieta de Guarapari - FIPAG, bastou, face ao meu cansaço de lutar por uma melhora consistente e, principalmente, inteligente, e acertei minha saída de lá, dessas atividades, encerrando assim as viagens noturnas de ida e volta para Guarapari. No entanto, ainda não fiquei parado, pois, desde a união com Eugênia (primeiro de abril de 2006), eu dirigia o CEESC - centro educacional Elzira de Souza Caldeira, da mãe dela, D. Elzira, durante o dia. Um colégio de bairro, a cerca de cem metros de nossa casa, com cursos fundamental e médio, e também educação infantil. Assim o ritmo caiu, pela ausência de trabalho noturno, pela primeira vez na minha vida, em cerca de quarenta anos. Foi um ano muito bom, no qual, com o dinheiro da minha dispensa de diretor (o FGTS) paguei uma viagem de todos nós (os filhos e companheiros e minha esposa Eugênia, sete no total) e em julho, no verão europeu, passeamos por dezessete dias pela Europa Latina, mais a Suiça. Foi muito bom. No fim do ano mais um momento de tristeza, mas bem passageira, pois quando o falecimento representa um descanso para as dores físicas, o aceitamos melhor, e foi isto que ocorreu com meu compadre, cunhado, amigo-irmão Egydio, no fim do ano, quase no mesmo dia do calendário que Terezinha e D. Hilda. Compreendemos que - além de ser desígnio divino - foi o melhor para ele. Valeu meu mano velho. Madeira

domingo, 6 de julho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (2004/2006)


Tempo de recomeçar


2004/2006: sem Terezinha, companheira e amor por quarenta anos, fiquei enrolado. Troquei com o Caio de lugar, após desmontar o quarto de casal - de local de internação para tratamento de saúde no lar (desfiz-me do que tinha comprado, doando para o Avedalma, e devolvendo a cama hospitalar alugada), ficando ele, dono da casa, no quarto de casal, na suíte com closet, e fui para o quarto de solteiro, que tinha sido das meninas. Foi muito difícil, pois foi uma mudança radical na forma de viver. Sozinho, comendo na rua em locais diversos e acordando cedo por costume, e o Caio ao contrário, dormindo de tarde e à noite então tendo movimento, com as idas para a faculdade. Foi um tempo muito complicado, e ajudou-me muito a doutrina espírita, que eu já acompanhava e passei a estudar mais e mais. Creio que aqui viemos, a este planeta Terra, para cumprirmos uma missão aceita, delineada, que nos leve a um aperfeiçoamento moral, e que nada mais ocorre que não seja o melhor para nossos espíritos, e assim, se Terezinha partiu naquele momento, foi certamente o melhor para ela e para nós. Agora só nos resta, a nós que tanto a amamos e sentimos a sua partida, continuar nosso caminho, aguardar a nossa viagem e os reencontros futuros no Mundo Maior. Bem, entendi a mensagem e, no fim de 2004, levei Flavia, Taís e JP para conhecer Portugal, e os meus familiares e os de Terezinha que lá vivem, igualando-os ao Caio e à Cintia, com quem já tinha feito essa viagem. Na volta, passei a analisar minha forma de viver, e concordei com o que Terezinha e eu já tínhamos conversado bastante, de que o fim de vida só é aberração, tanto para a pessoa que fica viúva quanto para os seus filhos e demais parentes. Para o que fica só, pela solidão, e para os outros, pelas preocupações que causa. Assim, comecei a analisar em meu redor e a olhar as mulheres e seus comportamentos. Bem, encontrei uma pessoa tranquila, de alto nível de comportamento, inteligente e discreta, professora na FIPAG, e encaminhei-me na direção dela; deu certo, muito certo. Eugênia encantou-me e começamos a namorar, o que ia fundindo a cabeça de muitas pessoas próximas, não pelo namoro, mas pela proximidade da partida de Terezinha. Mas a velocidade e os sentimentos são meus, inalienáveis, intransferíveis, e eu sabia e sei o que eu estava fazendo, e o quero na vida para mim. Com isso, com menos de dois anos do falecimento de Terezinha, eu já namorava firme, e com dois anos e meio casava-me e mudava-me para a casa dela em Vila Velha, pois além do sentimento era tudo que eu queria, uma casa, uma companheira, um lar. Terezinha tem seu lugar, terá sempre, devo muito, muito a ela, e espero e sei que vou reencontrá-la, mas estou encarnado e necessito viver como encarnado. Se muitos trocam de companheira viva, por que eu não poderia encontrar uma depois da morte da minha anterior? Foi um grande acerto e um imenso achado, a Eugênia. Mais uma vez meus mentores indicaram-me o melhor nesta vida. De diferente, não de ruim, pela idade e saúde fragilizada, neste período foi a ida de D. Hilda, partindo para encontrar-se com Terezinha na Vida Eterna, e por coincidência no mesmo dia do calendário, dezoito de dezembro. Madeira

quarta-feira, 2 de julho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (2003)



2003: esse ano foi o foda da nossa vida. Um pouco antes do seu meio, lá pela semana santa, apareceu um novo sintoma ruim de saúde em Terezinha, que era a impossibilidade de respirar quando se deitava para dormir, ficando na posição horizontal. Ela não o conseguia, sendo obrigada a dormir sentada, além de estar a cada dia ficando mais cansada com qualquer esforço, por mais simples que fosse. Era um sofrimento só, todas as noites, com ela sentada na cama, caindo de cansaço, mas com uma falta de ar que não lhe permitia deitar e eu aflito, pensando e tentando inúmeras saídas para esse novo mal. Pneumologistas, alergistas, cardiologistas,otorrinos, nefrologistas... Todas as especialidades médicas procuradas e nada. Mas ela não se abatia, nem desistia, e continuava a fazer as coisas todas, desde as aulas até as viagens, sendo a nossa última à Lavras Novas, antiga cidade-berço de escravos, próxima de Belo Horizonte, onde ela passou mal demais. Enfim, após ene exames, descobriu-se que determinada válvula do coração não estava mais bombeando o sangue da maneira devida, o que ocasionava todas as dificuldades de respiração dela, e que a saída era uma cirurgia. Corajosa como era, de imediato topou a operação. A partir daí foi uma imensidão de exames, de consultas de escolha do cirurgião, de escolha do local; em resumo, de providências burocráticas e pré-operatórias. Houve o apoio, mais uma vez, do Levy e de um médico conhecido do Centro, Dr.Fagundes, que se prontificaram a acompanhar a cirurgia. Infelizmente, com todos nós reunidos, recebemos a notícia de que, ao estar sendo finalizada a operação, os cirurgiões não conseguiram efetuar algumas costuras, em função do esgarçamento das fibras cordianas, resultado do uso, por muitos anos, de corticóides, e que Terezinha tivera paradas cardíacas causadoras de danos cerebrais. Foram mais de noventa dias de sofrimento de UTI, com alguns sinais ocasionais de melhora, que nos davam esperanças e logo se desvaneciam, e em dezoito de dezembro Terezinha passava para o Plano Superior, com a presença de todos nós em redor do leito hospitalar dela. Esta odisséia está sendo relatada de forma muito reduzida, por ser do conhecimento de todos, e ser muito dificil de relatar, pois fazê-lo é retornar aos dias de sofrimento e de esperanças pelos quais todos passamos. Terezinha, além de muito amada e muito importante em nossas vidas, foi companheira-símbolo de uma existência de feitos inenarráveis, épicos, pela entrega, dedicação a todos nós, garra, coragem, transparência e amor. Te amaremos para todo o sempre, eu em particular, com a certeza de que nos reencontraremos em alguma encarnação, com alguma ligação muito forte, pois fiquei te devendo ainda mais amor e dedicação do que te dei, em comparação com tudo que me destes. Madeira

vivencias-madeira-cronológica (2001/2002)



2001/2002: além da rotina, que não poderia ser completa, pois algo sempre acontece no viver, tivemos a mudança de curso de Terezinha, que passou no vestibular da UFES, para artes visuais (ela sempre teve muito bom gosto para essa área), e com isso trancou o curso de pedagogia que fazia na FAESA, para retomar depois de concluir esse novo curso. Foi muita alegria, pois era e é um vestibular muito difícil, concorridíssimo, e ela, com aquela garra incrível, incomensurável, venceu. Filhos formados e pós-graduados, netos crescendo sem maiores problemas, D.Hilda bem, tinha que pintar algum problema, e a fonte teria que ser uma ação minha. Fiz mais uma cagada - e essa fenomenal, por ter ferido Terezinha -, que foi um envolvimento extra-conjugal absurdo, que graças aos nossos mentores não se consumou, nem foi pior. Também não o foi porquê, ao ser descoberto, de imediato joguei a toalha, chutei tudo aquilo que estava fazendo de errado, conversei muito com Terezinha, assumi o erro e ela, que é um espírito esclarecido, aceitou minhas desculpas e acreditou em mim. Apesar de tê-la ferido muito, consegui estancar os ferimentos e retomar a vida de amor e respeito a ela. Com o Espiritismo, aprendi que não se deve ter remorso e sim arrependimento; que este é útil e deve ser praticado, e aquele é negativo e não pode ocupar qualquer espaço em nossa mente e em nosso coração. Assim, até hoje arrependo-me, por não ser de meu caráter, de minha índole machucar ninguém, muito menos aqueles a quem amo, mas busco apagar da minha mente (o que não é fácil) o erro praticado, para não ter remorsos e por gratidão à Terezinha, pela forma com que ela tratou o assunto, que nunca, depois, foi mencionado por ela. Devo também aos meus filhos a compreensão com que aceitaram meu erro e seus desdobramentos. Por fim, e muito face a esse erro, em 2002 encerrei o meu mandato de quatro anos de Diretor no CEG e deixei tal função. Valeu Terezinha, pela compreeensão e amor, talvez maiores do que eu merecia e que ainda vou ter oportunidade de pagar-lhe em dobro. Madeira

vivencias-madeira-cronológica (1996/2000)


Adelino: apesar das imperfeições de todo ser humano, batia um bolão.


1996/2000: nestes anos tudo correu de modo normal, destacando-se poucas coisas, entre as quais o falecimento do Adelino, tio de Terezinha que conosco residia, juntamente com D. Hilda. Adelino, figuraça, daquelas pessoas que à primeira vista parecem antipáticas, tanto pela cara sisuda quanto por ser de poucas palavras, era na realidade uma pessoa que sabia ser amiga dedicada, sempre pronta a ajudar, a servir. Nos últimos anos de vida, que passou conosco e foram muito bons, tinha dificuldades de locomoção face a um derrame, que paralisou todo um lado do seu corpo, deixando-o hemiplégico, mas que nunca o fez piorar de humor, nunca modificou a sua forma de ser. No último ano antes de seu falecimento tivemos que deixá-lo morando na Avedalma, lar de idosos em Cariacica, com assistência médica e de enfermaria, pois ele estava bastante debilitado e não tinha mais forças para fazer a higiene pessoal sozinho, e eu e Terezinha, com inúmeras atividades, praticamente fora o dia todo, não podíamos ajudá-lo como deveríamos; D. Hilda sozinha, sem auxílio, não aguentava, ainda que tentasse, locomovê-lo, dar-lhe banho etc... Nos finais de semana bem que nós ajudávamos, mas não estava dando certo. A estada dele no Avedalma não representou abandono, pois eu ia lá toda quarta levar fraldas, remédios, vê-lo, e aos domingos, dia de visita, nós iamos passar algum tempo com ele. Faleceu repentinamente e em paz. Também tivemos, em 1997, a união de Cintia e Marcius, em uma reunião muito bonita, toda montada por Terezinha, com uma seleta participação de convidados muito próximos, realizada em Pedra Azul, em um sítio, onde nos hospedamos todos e mais os convidados, e onde hoje funciona o restaurante Valsugana, em um final de semana maravilhoso, com a cerimônia dirigida pelo amigo-irmão Levy. Em 1999 os donos da FACTUR, que eu dirigia desde 1995, renovaram meu mandato de quatro anos na direção e criaram um colégio, o centro educacional Guarapari, que também entregaram-me para montar e dirigir por um mandato de quatro anos, regimental. Concomitantemente, Terezinha passou no vestibular para pedagogia na FAESA, e começou a fazer esse curso superior pelas manhãs. Em 2000 o proprietário da faculdade e do CEG elegeu-se prefeito de Guarapari, e convidou-me para ser o secretário de educação do município - aceitei e entrei de cabeça, realizando, tenho a certeza, um excelente trabalho por cerca de doze meses (que redundou, para variar por motivos políticos, em mais uma briga minha e a entrega do cargo no final do ano). Madeira

terça-feira, 1 de julho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1993/1995)


Luta contra o mal, nova vida chegando e mais uma mudança de rumo


1993/1995: vida com a mesma rotina, apenas três fatos novos surgidos. Em 93 nasce, filho de Flavia, João Pedro Dias de Almeida e Souza, primeiro neto varão. Deu a graça de sua encarnação entre nós na semana santa do ano, com Terezinha e eu passeando. Estávamos em Cabo Frio e Terezinha telefonava dia sim/dia também para saber como Flavia estava passando, e mal tínhamos chegado lá ela fonou e soube do nascimento de JP; foi uma agonia segurar Terezinha mais dois dias lá, com tudo reservado para a etapa seguinte da viagem, que era Paraty. Ela queria voltar porque queria, para ver o neto, para ajudar Flavia, para mil coisas. Consegui convencê-la de que ele já tinha nascido e mais dois/três dias, menos dois/três dias não mudariam os acontecimentos. Bem, JP nasceu e foi mais uma das recompensas que recebemos dos Céus. Bebê, criança, adolescente, sempre foi muito equilibrado e de educação esmerada (nem parece ser desta família). É uma alegria estar com ele e revê-lo, pelo que de bom ele tem e passa com a sua presença. Tive o prazer e a felicidade de tê-lo morando comigo e é de impressionar o entendimento dele com o seu derredor e as ações efetuadas, todas voltadas para o bem e a amizade. Espero muito e peço que o mundo, com suas maldades, não o torne empedernido quando adulto. Em 1995 ocorreu o outro fato fora da rotina, que foi Terezinha ter se aposentado pelo INSS, direito que possuía, mas que se negava a buscar por brio profissional. Com isso, tinha uma merrequinha de dinheiro só para ela, e principalmente ganhou tempo livre para outras atividades, tanto na casa espírita em que labutava quanto no estudo universitário e de outros idiomas, que ela tanto gostava de estudar. Tinha muitos e continuados problemas de saúde, que nunca tiraram a vontade dela de viver, de realizar coisas e mais coisas, todos face ao uso diário de corticóides e sempre de fundo cancerígeno (foram dezenas de operações contra câncer de pele, além das de outros tipos, como nos seios). O terceiro acontecimento foi o convite da mantenedora da nóvel faculdade de turismo de Guarapari para que eu, que era chefe de departamento (departamento de ciências sociais), assumisse a direção da mesma, o que resolvi aceitar, com um mandato de quatro anos, para realizar um trabalho de desenvolvimento da mesma, que após cinco anos de existência estava minguando, mesmo sendo a única dessa área no ES. Com isso, mantive apenas as aulas de dia em Vitória (Acadepol, PM, FAESA matutina e uma ou outra palestra, em especial sobre segurança empresarial), e as noites eram da FACTUR. Madeira

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