"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

segunda-feira, 16 de junho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1980/4)


On the road again!


1980: demissão efetivada, devolvidos brasão, arma e carteira de identidade funcional, ex-delegado de polícia federal, ou seja, mais porra nenhuma, no íntimo contra a vontade, mas em atendimento ao brio pessoal, era agora professor apenas, e mais do que nunca eu tinha de ser o melhor, para assegurar o(s) empregos(s) na FAESA (também chefe do departamento de administração, atualmente coordenador de curso), na UVV, no PROMOVE (colégio e cursinho) e na Acadepol/ES; ou seja, professor full time mesmo, para ganhar bem e sustentar a família, de segunda a sábado, de manhã, de tarde e de noite. Mas acomodamento e cansaço nunca me assustaram ou me fizeram desistir de nada. Recebi alguns convites de trabalho, mas não me agradaram. Um deles foi de ser delegado de polícia no estado (na época não existia polícia de carreira, e bastava ter um padrinho político e ser bacharel em direito que se era nomeado delegado), pois eu tinha todos os cursos de formação, mas não aceitei, pois além de pagar muito mal o nível era muito baixo e a insegurança total, pois bastava prender um parente ou amigo ou até mesmo um conhecido de um deputado ou vereador (ou de um importante qualquer) que se era exonerado de imediato. Eu não duraria uma semana. Outra foi de assumir a diretoria administrativa da Viação Itapemirim (convite feito pelo diretor geral, que tinha sido meu aluno na FAESA, o José Luiz), mas ele comentou que o comendador (gostava de ser chamado assim na empresa) Camilo Cola, dono da mesma, exigia dedicação total, chamando o seu staff muitas vezes de madrugada para falar algo, para viagens inesperadas etc; enfim, entendi que ele, além de dono da empresa, era dono dos diretores e gerentes. Não aceitei, não ia dar certo comigo e minha família já tinha sofrido bastante com meus horários - e eu com a falta deles. Também fui sondado por um aluno da FAESA, um italiano que era um dos proprietários, para ser diretor administrativo da Eliane, fábrica de cerâmicas na Serra, mas não topei. Porém, no final do ano, veio um convite mais forte, tipo casa, comida, roupa lavada e mordomias no Ceará, do dono de toda a franquia da Coca-Cola no Nordeste e ainda no Pará, Sergio Philomeno. Simplesmente eram dele, da Bahia ao Maranhão, todas as fábricas da Coca-Cola e dos outros refris dela, além das distribuidoras. Filho de uma família tradicional, os Philomeno, ele desejava criar uma fundação com o nome do pai, idealizador e fundador desse império com sede em Fortaleza e sabedor, por um então delegado de polícia do Ceará, meu amigo (tinha sido meu agente no DPF, antes), Dr. Adilberto Leite, que era concomitantemente organizador da segurança patrimonial da empresa dele, que eu tinha saído da polícia federal, e mandou uma proposta daquelas irrecusáveis, com excelente salário, sem qualquer despesa de mudança, mais aluguel de casa e carro; enfim, como a de um astro de cinema (com Oscar!), e depois de conversar com Terezinha lá fomos nós, no fim do ano, de mala e cuia, de volta para Fortaleza, eu agora como alto executivo da Coca-Cola do Nordeste. Alugamos nossa casa no ES, eles alugaram uma lá para nós e enquanto a mudança não chegava ficamos em hotéis de luxo, tanto em Vitória (SENAC da Ilha do Boi), como em Fortaleza (Beira-Mar). Mais uma cagada, pois nesse ano especializei-me nelas. Deixava uma vida de lutas, mas radicado na cidade escolhida, na nossa casa, para uma aventura no Nordeste. A única coisa boa nesse ano foi o nascimento da filha de Arminda e de Oswaldo, Anna Luiza, a nós dada como afilhada e que batizamos em um belo domingo de sol, com festa nos jardins da PUC, em um ambiente lindo e agradável, e que me deu de bom uma amizade-irmã e uma aproximação gostosa com Oswaldo, um verdadeiro irmão e amigo ímpar, daqueles de entrega total na amizade. Madeira

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