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"Ando devagar/porque já tive pressa..."
Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira
quarta-feira, 4 de junho de 2008
vivencias-madeira-cronológica (1977)
1977: ano que passou quase idêntico ao anterior. Muitas viagens pela ANP dando cursos-volantes para as polícias estaduais, muitas aulas na própria ANP e alguns pareceres na assessoria geral do DPF, inclusive para o ministério da justiça (naquele que creio o principal deles, negava, embasadamente, a solicitação da polícia rodoviária federal - que havia acabado de passar para o MJ - para proceder os inquéritos e flagrantes de ocorrências nas estradas federais, deixando de levá-los para a polícia judiciária da União, que era e é o DPF). Além disto, terminei o curso de administração, juntando-o aos demais diplomas de nível superior. A novidade foi, face às aulas dados nos cursos-volantes (com o acompanhamento dos instrutores do DEA - drug enforcement administration -, órgão policial federal dos USA responsável pelo combate às drogas), ter sido convidado a fazer um curso de especialização (uma pós-graduação, pois era privativa de policiais de nível superior)em prevenção e repressão às drogas. Com isto, foram cerca de cinco meses, entre abril e setembro do ano, que passei em Washington (quatro meses) e Nova Yorque (um mês), estudando o dia inteiro todos os tipos de drogas e as técnicas de investigação policial de combate às mesmas. Interessante a metodologia americana, que incluía diariamente, após um tempo mínimo de aula teórica, expositiva, o estudo de casos reais que nos forçavam a aplicar o aprendido, estudo este depois checado com o resultado real. Éramos cerca de quarenta policiais de todo o mundo, sendo cinco os delegados brasileiros. Em todos os estudos de caso feitos a maior média de acertos sempre foi nossa, dos brasileiros (pelo problema da língua éramos aglutinados), e nos foi dito ainda - pelos tradutores - que isto era o comum em todos os cursos, ou seja, os brasileiros como os melhores. O curso teve ainda prática de rua e visita aos organismos policiais federais americano como o FBI e outras agências (crimes contra o Tesouro, crimes contra a saúde pública, controle de imigração - esta a mais bem equipada, pois os imigrantes ilegais eram, segundo os americanos, o maior problema que enfrentavam). Lá alugamos, em duplas (ficamos eu e um colega, o Máximo), apartamentos de temporada, quitinetes compostas de um quarto amplo com duas camas de solteiro, e que incluíam roupa de cama e banho trocada semanalmente, quando também era realizada uma faxina. No canto ficava a cozinha, e ao lado, única parte em separado, um banheiro com chuveiro, banheira, vaso e pia. Lavagem de roupa no térreo, na lavanderia geral do prédio, com um sistema de fichas para usar as máquinas de vários tamanhos, de acordo com a quantidade levada. Como os estudos ocupavam o dia todo, tratávamos de aproveitar os finais de semana para conhecer tudo ao redor, indo aos monumentos e lugares famosos (por exemplo, Casa Branca e Capitólio em Washington, Empire State - ainda não haviam construído as torres gêmeas, que fui conhecer mais tarde com Terezinha -, Radio City e Broadway em NY) e vendo o soccer, que estava começando a fazer sucesso (pós-Pelé). Depois do curso, retorno à Brasília para as mesmas atividades, tocando também a ADPF (nossa associação de delegados). Enfim, bastante trabalho pelo crescimento do DPF e muito amor familiar. Madeira
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