"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

segunda-feira, 2 de junho de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1976/1)


"Vamu botá as criança nu carro, juntá as tralha tudo i si mandá de volta pru meiu du Brasil-sil-sil!!"


1976: superintendência ajustada, rodando certinha, eu acompanhando todas as atividades (mas mantendo a descentralização, efetuando a função administrativa de controle) - ou seja, aparecendo na SR em horários incertos nos finais de semana ou à noite, rodando nos dias de expediente as seções e prédios, verificando o andamento dos trabalhos - e aplicando os princípios da administração científica, sem deixar de ser policial. Algumas áreas de atrito surgindo, pois delegados novos, formados na ANP, assumiam seus postos, dentro da filosofia da Revolução de evitar fortes ligações com o local onde fossem servir, e contrariavam vários interesses regionais. Não havia a possibilidade, então, de quebra-galhos, de favores e reclamações em Brasília. Mas a Revolução já estava se enfraquecendo, tanto face à derrota dos criminosos que seqüestravam e assaltavam quanto pelo paternalismo próprio do povo brasileiro. Os subversivos não violentos, em um plano muito bem traçado que dá frutos até hoje (e cada vez mais), agrupados na Igreja Católica, nas universidades federais e principalmente na imprensa (todo falso intelectual é de esquerda), levantando a bandeira da democracia, de governo do povo, de ouvir o povo, já incitavam a opinião pública - aquela mesma que tinha ido para as ruas pedir a ação militar contra a baderna -, pedindo a redemocratização, como se houvesse uma ditadura (na realidade era um governo forte; ditadura foi a de Stalin e é a de Fidel Castro, ambas com pena de morte, sem a presença da justiça e outras violências inomináveis). Democracia que em verdade era o seu (deles) instrumento para enganar o povo e se manter no poder. Com isto, mais uma vez comecei a ter problemas com políticos desonestos e gente importante da sociedade, problemas que chegaram ao ápice com um figurão tentando negar-se a ser inquirido em um inquérito da SR. O delegado titular do inquérito tremeu e fui chamado à sua sala (aí errei, era problema dele, e eu devia apenas fazê-lo ser policial sem ter medo de nada nem de ninguém). Fui lá e enquadrei o tal figurão e também o delegado. A partir daí começaram as fofocas e até cartas anônimas contra mim. Caguei e continuei meu trabalho, mas no meio do ano atingi os dois anos de comando - e era de praxe ficar apenas dois anos em cada unidade, para evitar maiores ligações regionais - e fui promovido a assessor da direção-geral do DPF, onde já estava como diretor geral (numa clara demonstração do então menor prestígio da polícia federal, que estava incomodando) um coronel da reserva, o Moacyr Coelho, com quem eu tive sérios atritos, visto a sua postura subserviente. Mais uma mudança, voltando para Brasília, para a alta esfera do DPF. Família de acordo, pois sabia que seria por dois anos a estada em qualquer lugar. Transferi a faculdade de administração para o CEUB, onde já tinha feito o curso de história, e rachamos de volta. Madeira

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