
Na estrada da vida: uma que parte, outra que chega
1987/88: anos marcados de um lado pela estabilidade readquirida no labor por mim, e por Terezinha estar dominando bem as possibilidades de rejeição e feliz com seu excesso de trabalho (como também era e sou), pois apesar de eu ter brigado (para variar) e saído da prefeitura da Serra, ela continuou lá, na creche de Carapina, pois o seu trabalho era excelente. Os filhos já educados e preparados para viver sua própria vida, sabem muito mais o que fizeram do que eu. Por outro lado, em 87, um fato foi marcante e de muita alegria. Em novembro veio aumentar a família o nosso primeiro neto, uma neta, a Taís, filha de Flavia, fruto do casamento com o Heliomar (triste figura, somente sabido posteriormente). Desde o nascimento Taís encantou a todos. Linda, amiga, decidida (saiu como a avó e a mãe), alegre, e com a separação de Flavia foi a felicidade de nossa casa durante os anos que conosco morou. Vimos Taís crescer demonstrando uma inteligência prodigiosa (atributo familiar) e uma garra incrível, o que até hoje nos mostra diuturnamente. Foi uma benção dos céus ela ter escolhido, enquanto espírito, nosso lar para recebê-la (ela é a musa deste blog, que existe por pedidos incessantes dela). Em 88 ocorreu, com aceitação, mas sempre com alguma tristeza, mas principalmente com a certeza de que, além de ser o destino de todos os encarnados, era o momento, tanto pela idade como pela doença, o falecimento de minha mãe, D. Aracy. No início do ano ela, que vivia em um flat próximo à Usina da Tijuca, com todo o conforto (até o telefone dela foi junto), e que incluía refeições, lavanderia e atendimento médico, ainda ficando com uma renda oriunda de meu pai, teve um derrame e foi removida do flat para o hospital anexo, da Ordem Terceira da Penitência, onde ficou internada, com parte do corpo paralisado. Terezinha e eu estávamos procurando um local em Vitória pra trazê-la e deixá-la próxima a nós, pois morar com a gente era impossível pela quantidade de horas que passávamos fora de casa, e se ela estivesse mais perto nos facilitaria, pois eu ia todo mês ao Rio visitá-la e ver como estava sendo tratada, e se precisava de algo. Antes dessa decisão ela faleceu e eu tive que ir às pressas lá tomar todas as providências. Foi bom, ela estava com 77 anos e deitada numa cama, com outras pessoas fazendo tudo por e para ela. Madeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário