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"Ando devagar/porque já tive pressa..."
Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira
quarta-feira, 28 de maio de 2008
vivencias-madeira-cronológica (1973)
Militares no Araguaia, 1972
1973: a vida seguia normalmente, no ritmo acelerado de sempre, que na verdade eu buscava imprimir a ela, dentro dos meus princípios de procurar fazer tudo certo e rápido e de aprender e desenvolver-me ao máximo nesta encarnação. Muito trabalho, e muita família em todos os momentos de folga. Viagens durante a semana, quando na presidência de inquéritos, com isto conhecendo todo o interior do Maranhão, muito pobre, porém tranquilo, com todo mundo formando um grande corpo familiar. O maranhense de início é desconfiado, mas depois de te conhecer entrega-se de corpo e alma. Tipo caboclo e altamente religioso, mas muito chegado a uma forte macumba. Terreiros espalham-se por São Luís, e do tipo de batuques, danças, cânticos africanos. Tambor de mina e tambor de crioula são duas marcas da cultura religiosa maranhense neste campo. À região da denominada Baixada Maranhense, cerca de quinze municípios, só se chegava então de avião teco-teco, pousando em campos improvisados, e com isso andei muito batendo asas por essa área do estado. Por terra conheci Imperatriz, Bacabal, Pindaré-Mirim, Viana...; enfim, tudo. Muito futebol, muita praia, visitas de meus pais e de Dona Hilda, um 73 tranquilo. Em contrapartida, face ao cargo ocupado, passei a fazer parte do CONDI-IV Exército, com sede em Recife/PE, e voltei a saber como andavam as ações terroristas/subversivas contra a ordem estabelecida, que estava levando o país a um desenvolvimento inédito. Os documentos e fotos apresentados e explicados eram assustadores pela covardia dos atentados, sempre contra pessoas que nada tinham com aqueles que agiam, ou seja, contra os membros do governo, de sua cúpula. Só atacavam pelas costas, à traição, pessoas que não tinham nada com o governo, que eram pacíficas. Xambioá era o principal assunto das reuniões mensais, e a realidade é que a população local toda era contra os guerrilheiros (por sua violência), e abastecia as forças da lei de dados sobre os passos dos militantes da esquerda armada. Também ocorreu a deserção do Carlos Lamarca, sujeito que desonrou a farda que vestia, os juramentos feitos, utilizando os conhecimentos adquiridos contra quem lhe havia ensinado a usá-los em defesa da pátria. Traidor e covarde, pois se não concordava com a ordem vigente deveria pedir baixa e partir para a luta, e não roubar o quartel em que servia e matar colegas de farda. Provocaram, buscaram o caminho da violência - e só podiam receber uma forte repressão. Madeira
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