"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

sábado, 17 de maio de 2008

vivencias-madeira-cronológica (1969/1)


Maternidade São José, Mesquita: "dos três a mais pesada ao nascer."


1969: com o futuro centro de informações do DPF montado, recebendo pessoal e material para a centralização das informações anti-subversão e a Interpol rodando direitinho, seguia a vida. Com o Caio já na escolinha, andando, os finais de semana no Minas-Brasília e as visitas do pessoal do Rio (até meus pais foram conhecer nosso apto), nossa vidinha corria tranquila, e chega então a novidade: Terezinha grávida. Família planejada, era nossa vontade que Terezinha tivesse outro filho quando o anterior não mamasse mais e já andasse; enfim, que exigisse cuidados diferenciados dos de um recém-nascido. Era uma menina e deveria nascer em setembro, mesmo mês de Terezinha. Alegria geral, cuidados mil. Neste ínterim, uma viagem à Paris para um congresso na sede da Interpol sobre a utilização da informática no combate ao crime organizado. Lá fui eu rever Paris. Setembro chega e nada da menina chegar. Em todo caso, no final de setembro acertamos a ida de Terezinha e do Caio, com a babá, para o Rio, para ficar com Dona Hilda e o Levy acompanhando, pois o esquema era idêntico ao do primeiro filho (lá em Mesquita, na maternidade São José). Início de outubro, notícias de que estava chegando a hora, racho para o Rio no possante gordini azul escuro. Fui voando e cheguei lá no dia seguinte, dois de outubro, por volta das quatro horas da tarde. Terezinha começa a sentir as dores do parto. Vou com ela e Dona Hilda para a maternidade. Chegando lá, bem na porta, quando ia saindo do carro, estoura a bolsa d´água, e Terezinha é levada às pressas para a sala de parto. O médico obstetra de plantão, um japonesinho de que até hoje não sei o nome, começa o atendimento. Terezinha me implorava para ir buscar o Levy. Saí correndo (não existia celular, claro, e não consegui falar com ele pelo orelhão) e encontrei-o em outra casa de saúde, no Méier; voltamos correndo, ele em sua vemaguete e eu no possante. Chovia bem e lembro-me dele na minha frente, em cada curva derrapávamos. Quando chegamos, a atrasadinha (nos dias) e também apressadinha (no nascer) já tinha dado as caras. Dois de outubro, às dezoito horas, pelas mãos de um médico desconhecido, mas sob a orientação e o amor do Levy, que nos levou (eu e Dona Hilda) para ver Terezinha e Flavia. Ao contrário dos irmãos, já surgiu grandinha, e foi dos três a mais pesada ao nascer. Como os outros, já nasceu linda. Logo Terezinha, que se recuperava rápido quando em um hospital (sempre teve horror a eles, parece que já antevia o que iria passar), estava pronta para voltar para casa, e voltamos com tranquilidade para Brasília, a família aumentada. Flavia, como o Caio e depois a Cintia, veio a acrescentar e muito ao nosso viver. Bonita, corajosa, lutadora à sua maneira pelas causas que entende justas, companheira que não hesita em desafiar o que for preciso quando decide lutar, é também parte importantíssima desta minha vivência e com ela quero conviver o número necessário de vidas para aprender e me desenvolver. Madeira

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