"Ando devagar/porque já tive pressa..."

"Ando devagar/porque já tive pressa..."
"Nessa loooonga estraaaaada da viiidaaa..."

Blog destinado a narrar as vivências do autor, através de suas opiniões sobre fatos vividos, e de marcações cronológicas, objetivando deixar para descendentes e amigos suas impressões sobre passagens de sua vida, abrangendo pessoas com sd quais se relacionou e instituições em que laborou, tudo com a visão particular, própria de todo ser humano, individualizada, pois cada pessoa tem sua forma de pensar, ser e viver. Madeira

quinta-feira, 6 de março de 2008

vivencias-madeira-cronologica (1915)



1915: em meados de fevereiro nascia em Niterói, então estado do Rio de Janeiro - e cidade da qual se diz que o que possui de mais lindo é a vista do Rio, pura fofoca bairrista -, Aracy Madeira Dias, que recebeu a missão de me gerar e criar em conjunto com meu pai, João Dias Pereira. Mãe, amiga, de gênio teimoso, reclamona, mas mãe, ou seja, aquela a quem devemos as noites indormidas, em vigília, face aos cuidados indispensáveis aos recém-nascidos, as primeiras e marcantes alimentações, e o cheiro que só a nossa mãe traz consigo, que é o odor do amor. Como frase característica sua (que não me agradava, mas era típica das mães no século passado), usada como fator educacional, lá estava a "Vou contar para o teu pai quando ele chegar", e cabia a este ser o algoz - e lá vinha uma bela surra, frustradas as tentativas de explicação, sempre mal-sucedidas. Afinal, a palavra da mãe era a expressão da verdade, e concordo que devia ser assim. Mulher independente enquanto solteira, Dona Aracy, filha de Antonio Madeira (falarei nele nas vivências em ordem alfabética), chegou a ser uma das melhores artesãs do bairro da Tijuca (à época as mulheres eram do lar, onde aprendiam a fazer alguma coisa útil, normalmente para parentes, amigas ou professoras primárias), especializada em chapéus de festas (aqueles com véus). Com o aparecimento de meu pai, homem maduro, viúvo, que era colega de profissão de meu avô Antonio Madeira (eram panificadores, e através deste é que se conheceram), foi concedida a sua mão a ele, e daí veio o casamento e a minha chegada a este mundo. Mãe, minha gratidão a você, por tudo que por mim fizestes e me destes. Tua benção, Theo.

Um comentário:

Gil Pender - Livre como um táxi disse...

Taí um bocado de coisa que eu desconhecia ou já havia esquecido.
E isto vale pro post anterior a este.

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